ATUAÇÃO DO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA NO CONTEXTO DE CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS

  • Anne Karoline Calazans da Cruz FASB
  • Thiago Ribeiro Rafagnin Universidade Federal do Oeste da Bahia
  • Renato da Silva Della Vechia UFRGS
Palavras-chave: Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Acesso à terra. Criminalização dos movimentos sociais.

Resumo

A presente pesquisa objetiva demonstrar como se dá a efetivação do acesso à terra, através do Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no contexto de criminalização dos movimentos sociais, procurando destacar a possibilidade de efetivação do direito fundamental à terra a partir de sua atuação. No MST, com as ocupações, é exercido o direito fundamental de resistência, é a forma pela qual os membros do movimento encontraram para pressionar o Estado. Diante disso entende-se que o Estado é falho ao promover e proteger os direitos e garantias fundamentais. O movimento trabalha contra a exploração do “crescimento” promovido pelo capitalismo, na tentativa de haver alguma mudança na estrutura agrária brasileira. Em virtude disso, o surgimento do MST caracteriza-se como uma resistência, que busca lutar pelo acesso à terra, pela reforma agrária e sobrevivência camponesa. À luz disso, assentamentos e acampamentos lutam por políticas públicas utilizando-se de formas de reivindicações e resistência, as quais têm sido duramente criminalizadas pelo Estado. Dentre os objetivos do movimento está a realização da reforma agrária, o que certamente possibilitaria o mínimo existencial a uma gama de trabalhadores e trabalhadoras rurais, a fase primária de uma vida digna e menos desigual, conforme a Constituição preceitua.

Biografia do Autor

Anne Karoline Calazans da Cruz, FASB

Acadêmica de Direito pela Faculdade São Francisco de Barreiras - FASB; Técnica em Alimentos pelo Instituto Federal da Bahia - IFBA/Campus Barreiras;

Thiago Ribeiro Rafagnin, Universidade Federal do Oeste da Bahia

Professor de Direito Constitucional na Universidade Federal do Oeste da Bahia. Doutorando em Política Social e Direitos Humanos pela Universidade Católica de Pelotas.

Renato da Silva Della Vechia, UFRGS

Doutor em Ciência Política pela UFRGS. Professor do Programa de Mestrado e Doutorado em Política Social e Direitos Humanos da Universidade Católica de Pelotas.

Publicado
25/10/2018